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O que são Resíduos Sólidos?

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Você já parou para pensar no que acontece com o lixo que você descarta todos os dias?

A gestão de resíduos sólidos é um tema crucial para a saúde do nosso planeta e das nossas comunidades.

O Brasil gerou aproximadamente 85 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos em 2019, e cerca de 74% foram destinados para aterros sanitários, e apenas 3% são reciclados, segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Gestão de Resíduos Sólidos (SINIR).

Neste post, vamos desvendar o universo dos resíduos sólidos, entender como classificá-los, e descobrir a diferença entre rejeito e resíduos sólidos.

Além disso, vamos explorar como o descarte é feito e quais são as melhores práticas de gestão. Vamos lá?

O que são Resíduos Sólidos?

Resíduos sólidos, também conhecidos como lixo, são materiais descartados resultantes de diversas atividades humanas e processos industriais.

Esses materiais podem ser sólidos, semi-sólidos ou até mesmo líquidos, representando uma ampla variedade de substâncias e formas físicas.

Os resíduos sólidos podem ser originados de residências, comércios, indústrias, agricultura, construção civil, hospitais, entre outros.

Além disso, para entender o que são resíduos sólidos podemos classificar de acordo com sua origem, composição e periculosidade.

Veremos cada um em detalhes, pois merecem mais destaque!

Classificação dos Resíduos Sólidos: Entenda as Categorias

  1. Origem
      • Resíduos Domiciliares: São aqueles gerados nas residências, como restos de alimentos, embalagens, roupas, etc.
      • Resíduos de Limpeza Urbana: São aqueles originários da varrição, limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana;
      • Resíduos Sólidos Urbanos (RSU): Uma categoria ampla que engloba resíduos domiciliares e os de limpeza urbana, como restos de alimentos, embalagens, roupas, varrição de ruas e manutenção de áreas verdes.
      • Resíduos Comerciais: São aqueles gerados nos estabelecimentos comerciais, como embalagens, papéis, plásticos, etc.
      • Resíduos Industriais: São aqueles gerados nas indústrias, como resíduos químicos, metálicos, etc.
      • Resíduos de Serviços de Saúde: São aqueles gerados nos estabelecimentos de saúde, como resíduos infectantes, químicos, material biológico, etc.
      • Resíduos da Construção Civil: São aqueles gerados nas obras de construção civil, como entulho, madeira, tijolo, blocos cerâmicos, etc.
      • Resíduos de Serviços de Transportes: Incluem resíduos gerados os originários de portos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários.
      • Resíduos de Mineração: Gerados na atividade de pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios.
      • Resíduos Agrossilvopastoris: Resultam de atividades agrícolas, pecuárias e florestais, como restos de colheitas, esterco e embalagens de defensivos agrícolas.
  1. Composição
      • Resíduos orgânicos: São aqueles compostos por matéria viva, como restos de alimentos, folhas, galhos, etc.
      • Resíduos inorgânicos: São aqueles compostos por matéria não viva, como papel, plástico, metal, vidro, etc.
  1. Periculosidade
      • Resíduos perigosos: São aqueles que apresentam risco à saúde humana ou ao meio ambiente, como resíduos químicos, hospitalares, radioativos, etc.
      • Resíduos não perigosos: São resíduos que apesar de não se enquadrarem na classificação de resíduos perigosos, ainda podem oferecer riscos ao meio ambiente e à saúde pública se não forem tratados corretamente

Lixo ou Resíduos Sólidos?

Você sabe qual a diferença?

Você pode ter ouvido o termo "lixo" e "resíduos sólidos" e se perguntado qual é a diferença.

Na verdade, "lixo" é um termo mais informal e genérico, muitas vezes é usado para se referir a tudo o que descartamos. Já "resíduos sólidos" é um termo técnico que engloba todos os materiais descartados em sua forma sólida, seja recicláveis, orgânicos ou perigosos.

Resíduos Sólidos ou Rejeitos?

Muitas vezes confundimos resíduos sólidos com rejeitos, mas eles não são a mesma coisa:

Você sabia que não são a mesma coisa?
Resíduos Sólidos

São materiais descartados que ainda podem ser reaproveitados. Pense em latas de alumínio, garrafas plásticas, papéis... Eles podem ser reciclados ou transformados em novos produtos.

Rejeitos

Agora, imagine aqueles materiais que já foram reciclados ou tratados e não têm mais utilidade. Estes são os rejeitos. Eles não têm valor econômico ou possibilidade de reutilização e, por isso, devem ser destinados à disposição final, como em aterros sanitários.

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Gestão de Resíduos Sólidos: O que é e por que é importante?

A GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS envolve muito mais do que simplesmente jogar o lixo fora. 

Envolve uma série de ações, desde a coleta e transporte até o tratamento e disposição final dos resíduos. A ideia é minimizar o impacto ambiental, promover a reciclagem e garantir que resíduos perigosos sejam descartados de maneira segura.

Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída no Brasil em 2010, estabelece as diretrizes para uma gestão sustentável. Ela nos desafia a reduzir, reciclar e destinar nossos resíduos da forma correta.

Aqui estão quatro passos simples para você adotar e fazer a diferença:

  1. Reduza o desperdício:

          ✅  O primeiro passo é cortar a quantidade de resíduos que produzimos. Pense bem antes de comprar e evite itens descartáveis.

          👉 Desafio para você: Quais são suas estratégias para reduzir o desperdício em casa?

  1. Reutilize criativamente:

           ✅Antes de jogar algo fora, pergunte-se: “Posso dar um novo uso a isso?” 

           ✅Reutilizar itens não só economiza recursos, mas também pode ser divertido!

  1. Recicle corretamente:

            ✅Separar os materiais recicláveis e enviá-los para os centros apropriados é essencial.

  1. Eduque e conscientize:

        ✅Participar de campanhas e programas locais é uma forma poderosa de promover uma gestão responsável dos resíduos.

Coleta: O primeiro passo na jornada dos resíduos sólidos

A coleta é o primeiro e crucial passo na gestão de resíduos. É quando o lixo é retirado dos pontos de geração, como residências, comércios e indústrias.

Técnicas de Coleta:

    • Coleta Manual: é a forma de coleta mais conhecida pela população, na qual os coletores recolhem os sacos de resíduos deixados nas portas das residências e os transferem para os caminhões compactadores.
    • Coleta Mecanizada: é uma técnica de coleta que caminhões equipados com braços mecânicos acoplam os contêineres de resíduos e os despejam diretamente no caminhão compactador, sem contato direto com o coletor.
    • Coleta Seletiva: Consiste na separação dos resíduos recicláveis dos resíduos orgânicos.

Tratamento - Transformando Lixo em Recursos

Após a coleta, os resíduos seguem para o tratamento, onde são processados para reduzir seu volume e transformá-los em novos produtos ou energia.

Existem diversas formas de tratamento, cada uma adequada para diferentes tipos de resíduos. Vamos conhecer as principais:

    • Reciclagem: Talvez a forma mais conhecida, a reciclagem envolve a transformação de materiais descartados em novos produtos.
        • Papel, plástico, vidro e metais são exemplos de materiais que podem ser reciclados.
    • Compostagem: Um processo natural de decomposição de resíduos orgânicos, como restos de alimentos e podas de jardim.
        • A compostagem produz um adubo rico em nutrientes que pode ser utilizado em hortas e jardins.

Disposição Final: O Destino dos Rejeitos

Mesmo após todo o tratamento possível, alguns resíduos não podem ser reaproveitados e se tornam rejeitos.

Esses materiais devem ser dispostos de forma segura para minimizar os impactos ambientais. Vamos ver como isso é feito:

  1. Aterros Sanitários: Essa é a forma mais comum de disposição final para rejeitos urbanos. São locais projetados para a disposição final de rejeitos.
          • Estrutura e Proteção: são construídos com camadas de proteção, (geomembranas), para prevenir a contaminação do solo e das águas subterrâneas.
          • Monitoramento Contínuo: Esses aterros são monitorados para controlar a liberação de gases e líquidos, como o chorume, e evitar danos ambientais.

2. Aterros Industriais: são específicos para a disposição final dos resíduos industriais.

        • Materiais Específicos: Esses aterros recebem materiais que não podem ser descartados em aterros sanitários comuns devido ao risco de contaminação.
        • Normas Rigorosas: Eles seguem normas rígidas para garantir a segurança ambiental, como exemplo a NBR 10.157/1987.

3. Incineração: é uma forma utilizada para os resíduos que apresentam riscos à saúde ou ao meio ambiente, como produtos químicos, solventes, medicamentos vencidos e alguns tipos de resíduos hospitalares.

      • Processo de Incineração: Os resíduos são queimados em altas temperaturas, reduzindo seu volume e transformando-os em cinzas e gases.
      • Controle de Emissões: A incineração é realizada em fornos especiais projetados para controlar e minimizar a emissão de poluentes e gases tóxicos.

Conclusão

Ao longo deste post, mergulhamos profundamente na gestão de resíduos sólidos, explorando desde a coleta até a disposição final.

Descobrimos como a coleta pode variar entre manual, mecanizada e seletiva, e vimos como o tratamento transforma resíduos em novos recursos ou energia.

Também abordamos a diferença entre resíduos sólidos e rejeitos, e conhecemos as técnicas de disposição final, como aterros e incineração, que são essenciais para entender o impacto que nossas ações têm no meio ambiente.

Gerenciar resíduos sólidos é uma tarefa compartilhada que exige esforço e consciência coletiva.

Ao adotar práticas de redução, reutilização e reciclagem, você não só ajuda a cuidar do meio ambiente, mas também contribui para um futuro mais sustentável.

Cada pequena ação conta, e suas escolhas podem fazer uma grande diferença!

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